O que será hipocrisia?

Segundo nosso sábio professor Google, a hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.

É estranho como este sentimento é tão difícil de lidar, eu pelo menos tenho muita dificuldade, pois sempre fui motivos de risos, chacotas ou ainda da língua felina das pessoas justamente por "representar" fielmente quem sou, por dentro e por fora. Sempre fui transparente do tipo, ame ou odeie, o mais ou menos é o que incomoda, sabem como?! Pois sim.

Tenho problemas com isso porque a minha vocação para atuação é praticamente nula, não tenho segredos com minhas melhores amigas e nem com a minha família, e assim o é, porque não sei mentir, e não sei dizer que está tudo bem quando não está. Tenho o dom de amar a primeira vista, mas também o de virar as costas e correr léguas de determinadas pessoas.

Raramente tenho medo, as vezes sim não estou disposta a lidar com determinadas situações, não estou com ânimo para debater ou discutir relação, concordo o mais depressa possível para fazer com que a pessoa se cale com a mesma rapidez a qual teve quando inicio o discurso com/por/sobre mim.

É um sentimento globalizado, do mundo moderno, que as pessoas fazem uso para serem aceitas nas rodas certas, com toda a pompa e circunstância que acham que merecem. E particularmente, penso que por vezes essas pessoas são mais valorizadas do que àquelas que primam pela verdade, humildade e se mostram como são realmente. Todo hipócrita finge emular comportamentos corretos, virtuosos, socialmente aceitos.

E o que eu tenho a dizer sobre tudo isso, sobre toda essa loucura de pseudo-modernismo?

Desculpe-me sociedade, eu valorizo demais quem eu sou, para me adequar aos esteriótipos clichês que vocês criam e vivem diariamente, e eu me nego a fazer parte deste mundo de faz de conta em que vivem, porque minha vida e necessidades são tão reais que é impossível ignorá-las.