@RaulBoesel no @ClubGarage Cuiabá

Fui convidada pela galera do Factóide para curtir a noite no Club Garage aqui de Cuiabá, e como dizem a primeira vez à gente nunca esquece. 

Logo na entrada encontrei com a Drika (Adriana) que se identificou e prontamente se colocou ao nosso dispor para a entrevista com @RaulBoesel que aconteceria logo mais, me informou o horário que devíamos procurá-la e de posse desta informação entrei para explorar mais o lugar. 

 

Fiquei boquiaberta com a estrutura da casa, tudo muito organizado, muitos promoters e seguranças para garantir o sucesso e o sossego da noite, e o mais legal, é que você efetua um cadastro que é movido a identificação datiloscópica, ou seja, impressão digital. 

Procurei logo um cantinho para me sentar, observar e fazer os clicks das primeiras impressões, enquanto isso, também fui clicada, dá só uma olhada. 

Please, os olhos pequenos se devem ao flash que quase me deixou cegueta! hahaha

Com o avançar das horas, contatamos a Drika e guiadas por ela fomos ao encontro de @RaulBoesel. Inicialmente eu estava nervosa, mas depois Raul e Débora sua esposa, nos deixaram tão a vontades que sem perceber passamos tranqüilamente uns 25 minutos num papo super gostoso. 

Em entrevista EXCLUSIVA para o Blog da Michelle, Raul falou sobre seu lifestyle de DJ, como e quando aprendeu e a influencia da moda na profissão, isso e muito mais que você passará a curtir a partir de agora: 

BDM: Raul, você já tocou aqui em Cuiabá/MT ou é a primeira vez? 

RB: Já toquei aqui tem uns 3 anos.

BDM: Lendo sobre você vi que você assumiu sua paixão pela música aos 16 anos, e já mexia com isso informalmente, a informação procede? 

RB: Não foi bem assim, quando eu era jovem, a música sempre me acompanhou, quando comecei, e há época eu gravava fitas K-7´s para ouvir no carro, era para consumo próprio e não para os outros. Você gostar de música é uma coisa, você tocar profissionalmente é outra coisa, eu não queria tocar como brincadeira, ou tocaria para ser profissional, bem feito ou não tocaria.

BDM: Deu trabalho aprender a tocar? 

RB: Deu trabalho, primeiro que eu não tenho mais 15 anos e não pego tudo tão fácil, eu não sabia nada da teoria, quantas batidas tinha em um compasso, mixagem, então eu levei 8 meses trancado em casa, de seis a sete horas por dia, o professor Fábio Castro ia lá 02 vezes por semana e no resto eu ficava sozinho, e foi saindo.

BDM: E o maior medo quando assumiu a profissão de DJ? 

RB: Ah, comentários como: “Como DJ ele é um ótimo piloto”.

DBM: Você se refere a música como sua 2ª paixão, a primeira seria o automobilismo então? 

RB: Sim, a primeira foi o automobilismo.

BLM: E comparando as duas carreiras, você é mais realizado com a música? 

RB: Hoje sim, cada época na minha vida teve um porque. Meus amigos dizem que eu sou um cara de sorte, porque pela segunda vez eu estou fazendo uma coisa pela qual eu tenho paixão e como profissão, e na realidade é isso mesmo, hoje eu tocom com o mesmo entusiasmo, com a mesma dedicação, com o mesmo profissionalismo, como foi a minha carreira como piloto.

BDM: Como inexperiente total em música eletrônica, vi que sei estilo de tocar são house e progressive, no que consiste este estilo? 

RB: Eu já toquei mais progressive, hoje eu toco mais tech house, um pouco de tecno, mas para mim, por observar nestes anos todos, o maior desafio é você entender a pista, você tem que construir, fazer uma história da noite, não ficar bitolado só em um tipo, sem tirar a minha linha. Muitas vezes dentro do meu set tem alguma coisa de progressive, de eletro, é a música que eu gosto, e que eu acho que a pista vai entender e vai gostar. Eu já fui em alguns lugares, e comecei a tocar, e vi que não estava funcionando, e tive que mudar, o que eu não toco é música comercial.

BDM: Ah então o pessoal não precisa nem pedir por uma mixagem destas? 

RB: Essas musicas que tocam em rádio é muito raramente, é a famosa chacota. Para você fazer um negócio certo com dedicação não tem como fazer isso. Ainda mais hoje que todo mundo quer ser DJ, cada um por motivos diferentes dos outros. Tem que ter um estilo próprio.

BDM: E essa moda de virar DJ? Sai do BBB vira DJ, escreveu e não leu, vira DJ, isso prejudica os verdadeiros profissionais? 

RB: Acho que todo mundo tem a chance de fazer, e quem faz dessa maneira não sobrevive, quem faz por modismo não vai ter uma carreira longa, porque não vai estar dedicado, vai fazer por um período e acabou. Quando é por modismo tenho certeza que não passam lá 12 horas procurando músicas, temos vários exemplos que vem, entre, faz alguma coisa, é ridicularizado, e sai. É como dirigir um carro, qualquer um pode dirigir, mas dirigir bem faz a diferença, os que dirigem bem ficam mais tempo na pista.

BDM: Qual é a moda do DJ? Faz moda dita moda? Se inspira em alguém? 

RB e Débora: (Raul titubeou quando o assunto foi moda hahaha.. e então a linda esposa Débora entrou em campo nos falando sobre o estilo do bonito) Ele sempre teve este estilo de jeans, sapato, ele tem muito o estilo americano, porque morou muito tempo fora, então é pólo e camisetinha sempre. O que ele pode ter mudado um pouco é quando lançam uma nova marca que casa com as necessidades dele por exemplo a All Saints, camisetas com a manga um pouquinho menor porque o braço dele é fino, o jeans é indispensável, ele tem um de cada modelo, mas é basicamente um estilo pessoal mesmo.

BDM: E esses DJ´s que se caracterizam? 

RB e Débora: A maioria dos DJ´s que trabalham sério tem seu estilo, tem alguns amigos nossos como o Svain, que gostam de umas fantasias, mas é estilo próprio, e ele não usa porque copiou de alguém, combina com ele. E principalmente não é toda vez que ele está, e quando está não é ridicularizado por isso. Tem muitos que ao invés de querer aparecer tocando, querem aparecer pelo visual.

BDM: Obrigada, basicamente era isso, foi super bom! 

RB e Débora: Imagina, o prazer foi nosso.

E por fim, fizemos um monte de fotos, entreguei para a Débora o meu cartão, peguei autógrafo para as bloguetes e para o Papai, e foi simplesmente uma experiência única entrevistá-los por estes minutinhos. 

É só clicar nas imagens que elas ficam maiores.

Chegaram então os donos da casa, e eu aproveitei para fazer o look de Débora e Michelle (chará) que estavam lindas, e afinal blogueira de moda não agüenta né!

Assim, nos encaminhamos às pick-up´s para que Raul começasse a se preparar para colocar a galera do Garage on fire! E foi exatamente isso que aconteceu. Ele estava apenas se posicionando e organizando e o frenezi era geral, confira só: 

E não poderiam faltar alguns clicks do momento também. 

 

É só clicar nas imagens que elas ficam maiores.

Foi uma experiência única, é a primeira entrevista que eu fiz, aproveitei muito, eles foram super queridos, atenciosos e pacientes comigo, e mal posso esperar para ter outra oportunidade como esta. 

Raul e Débora, todo o meu carinho, minha admiração, e os votos de sucesso sempre, porque pessoas como vocês, tem mesmo é que seguir brilhando para iluminar sempre nossos caminhos tornando-se modelos de seriedade, profissionalismo e caráter. Obrigada pelo nosso papo! 

Michelle Bueno – Blog da Michelle